Arte: Alcione Ferreira/Cendhec
Desde 2015, projetos de militarização das escolas e ensino domiciliar avançam no país – e mais de 200 PLs miram a “ideologia de gênero”. Objetivo: usar o pânico coletivo para minar espaços que contribuam para formar um imaginário igualitário
Aprovação do homeschooling pela Câmara dos Deputados, o avanço da militarização em escolas municipais e estaduais e a retirada de itens que detalhavam as proibições de práticas preconceituosas do edital do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) estão entre os desdobramentos recentes das investidas do conservadorismo na educação brasileira. O que essas pautas carregam em comum, na visão de Romualdo Portela, professor na Universidade de São Paulo (USP), é a defesa da escola como um espaço que promove “uma visão de mundo menos plural”. Fernando Penna, professor na Universidade Federal Fluminense (UFF), acrescenta que se trata de uma reação aos avanços de um “imaginário igualitário”.