domingo, 14 de agosto de 2022

Educação e colonização

José Clemente Orozco (1883–1949), On the Road, 1929.

Por DIEGO DOS SANTOS REIS*

A descolonização só acontece, efetivamente, em consonância às lutas pela terra, às lutas antidiscriminatórias e pelos territórios epistêmicos situados

Há um movimento em curso propagado por certos intelectuais brasileiros que, embora sem surpresa, não deixa de causar estranhamento. De tempos em tempos, em aulas e murais de redes sociais, emergem falas inflamadas ou jocosas posicionando-se frontalmente contra a “tendência”, a “moda” ou a “teimosia” de(s)colonial, suas práticas, conceitos e intervenções. Isso em um momento de escalada vertiginosa de conservadorismos e refluxos democráticos que, sem peias, ganham corpo e espaço na academia, nos departamentos e nas salas de aula.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Na surdina, a destruição da Educação de jovens e adultos

Por Caio Vinicius de Castro Gerbelli, na Le Monde Diplomatique

Entre 2012 a 2020, a EJA sofreu um brutal corte de 99,5% de verbas federais no Brasil. Diante de 11 milhões de analfabetos, a maioria negros e negras, as matrículas despencaram, salas foram fechadas e programa se tornou uma “fábrica de certificados”
Há um processo em curso de destruição da Educação no Brasil, que atinge em cheio a de Jovens e Adultos. Essa frase pode parecer um tanto quanto catastrofista e alarmante, todavia ela é, e assim deve estar. O que estamos vendo e vivendo na atual conjuntura política e socioeconômica em nosso país é a reafirmação da negação do direito à educação para uma multidão de brasileiras e brasileiros que não puderam completar o ciclo da escolaridade. É a concretização de um projeto de exclusão e de expulsão de trabalhadoras e trabalhadores. O que temos é o total desprezo com a população brasileira.

Portaria nº 412, de 15 de abril de 2024

PORTARIA Nº 412, DE 15 DE ABRIL DE 2024 Dispõe sobre os critérios para concessão de ampliação do regime de trabalho para quarenta horas se...