Arte: Florencia Merlo
Enquanto estudam os impactos das ações humanas, pesquisadores os vivenciam em São Leopoldo (RS). Refletem: como incluir na educação, não mais uma cartilha, mas uma agenda política que priorize as demandas coletivas e a justiça socioclimática
Quando iniciamos este semestre letivo, junto a meu grupo de pesquisa, escolhemos avançar em uma nova frente reflexiva para examinar os atuais contornos das políticas de currículo, em nível global. Escolhemos estudar a questão do Antropoceno – em suas interfaces com justiça social e justiça climática – refletindo, ainda em termos iniciais, sobre as possibilidades para agenciar essa temática no interior dos conhecimentos e experiências que as escolas se propõem a apresentar para as futuras gerações. Estamos em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, em uma universidade com fortes vínculos com seu território e cercada por um rio que dá nome a nossa instituição – Rio dos Sinos. Estávamos em uma ambiência bastante favorável para examinar nossa temática, uma vez que há uma mobilização intelectual para fazer a crítica ao capitalismo e reposicionar a reflexão sobre as desigualdades na escola, sob novas bases.