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Mercado passou a recorrer aos cursos a distância como tábua de salvação. Ainda que o discurso seja universalizar o acesso, a prática tem se caracterizado pela qualidade duvidosa dos cursos ofertados, precarização da atividade docente, matrizes curriculares pasteurizadas e materiais didáticos muitas vezes deficientes e com conteúdo ultrapassado
Rodrigo Bouyer
O setor de educação (público ou privado, básico ou superior) é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, na medida em que forma a força de trabalho que conduzirá grande parte da produção de riquezas do país por décadas e a partir do momento que é a principal ferramenta de ascensão social em uma país em desenvolvimento e repleto de mazelas sociais.
Se considerarmos os recentes dados censitários que comprovam que a população brasileira segue envelhecendo em ritmo acelerado e, por isso, apresenta uma quantidade decrescente de jovens a ingressar no mercado de trabalho, a formação dos “novos profissionais” de nível superior no país demanda ser de qualidade relevante. A pena é desperdiçarmos uma geração inteira e colhermos os frutos amargos desse erro por décadas.