Universidade de Cambridge homenageia Paulo Freire com escultura inédita
Reivindicando Freire
Em todo o mundo, muitas sociedades profundamente enraizadas em práticas coloniais e racismo sistêmico estão mais uma vez invocando a linguagem desumanizante da opressão colonial para justificar a exclusão e a violência. Na França, os líderes difamam os refugiados como ameaças à identidade nacional, perpetuando o medo e a divisão. Israel rotula os palestinos com termos que os despojam de humanidade e se envolve em um massacre em massa de mulheres e crianças. Da mesma forma, nos Estados Unidos, Trump se referiu aos imigrantes como "envenenando o sangue dos americanos", revivendo um tropo xenófobo perigoso que lembra atrocidades passadas, ao mesmo tempo em que afirma que deportará 20 milhões de imigrantes indocumentados. [1] Esses exemplos ressaltam como a linguagem pejorativa do colonialismo e do autoritarismo está sendo transformada em arma hoje para expandir e sustentar sistemas de guerra, desigualdade, repressão e modos fascistas de governança. Vivemos em uma época em que o genocídio é legitimado pela linguagem da desumanização, uma cultura de mentiras e o apagamento da história e da cultura.