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Até quando os Professores aceitarão a pecha de amadores? Até quando o professorado aceitará ser tratado como item de “pauta social”?
“Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista.” (Machado de Assis, Quincas Borba, cap. 1)
De tempos em tempos, entreouvimos declarações que desacreditam a profissão de educador e seu papel na sociedade brasileira.
Certa feita, o presidente de uma entidade militar que gestava o estabelecimento de ensino em que lecionava, sugeriu que os professores trabalhavam “por vocação e não por dinheiro”. A declaração fora proclamada em alto e bom som, durante a abertura de um evento que, teoricamente, visava a “capacitar” os presentes em pleno sábado – ou seja, ocupando metade do dia de descanso semanal. Evidentemente, o propósito era outro: o homem fardado dava a “sua” visão sobre os boatos que circulavam nas unidades da empresa sobre a reivindicação por melhores salários.