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As escolas praticam a lógica de transformar crianças em produtos que precisam atingir resultados, para que seus gestores sejam reconhecidos como excelentes profissionais
“Tradição não é o culto das cinzas, mas a preservação do fogo.”
Gustav Mahler
Vivemos numa sociedade onde a indiferença é uma característica marcante dos chamados vencedores. Mãe do ódio e do narcisismo, e filha da soberba, a indiferença bloqueia o espírito e o discernimento, levando as pessoas a só enxergar o que perdem, e não querem perder, nunca, nada. Esta lógica está cada vez mais normalizada em nossa sociedade. Com base nisso apresento uma primeira reflexão sobre o papel da escola na construção, manutenção e ampliação dessa lógica. Esse ensaio pretende comparar o que a escola faz hoje com a educação com o que a indústria de alimentos fez – e ainda faz – com a nossa relação com a comida.